Uma visão crítica sobre periódicos predatórios e fraudulentos: é preciso distinguir os tubarões dos peixes pequenos

Contenido principal del artículo

Carlos Kusano Bucalen Ferrari

Resumen

O presente ensaio discute a questão das políticas editoriais científicas e distingue três tipos de periódicos: as grandes ou gigantes editoras comerciais que representam tubarões ou predadores da ciência e de seus operadores e financiadores, os predatórios fraudulentos que praticamente publicam qualquer coisa sem a devida revisão, mediante taxa de publicação e os periódicos fora do eixo eurocêntrico ocidental ou dos Estados Unidos/Canadá que muitas vezes são gratuitos ou cobram taxas bem menores aos autores e oferecem, geralmente, acesso aberto dos artigos. Neste sentido, demonstrou-se por meio da metodologia da curadoria científica de conteúdo que tanto os periódicos de grandes editoras quanto os predatórios ou fraudulentos são predadores. Deste modo, pesquisadores devem evitar periódicos predadores ou fraudulentos uma vez que a publicação nestes veículos constitui má conduta científica, mas é necessário que haja uma ruptura decolonial no sentido de valorizar revistas locais, nacionais ou regionais, especialmente do contexto latinoamericano, iberoamericano, da Europa Oriental, Ásia e em outros países que também se desenvolve ciência de qualidade e importância, pois o conhecimento gerado localmente interessa à sociedade e aos gestores para resolver nossos problemas e não apenas serem publicados em inglês, com acesso restrito, o que dificulta sua apreensão pelos públicos alvo prioritários para enfrentar os desafios e realizar as transformações educacionais, políticas, econômicas, culturais e tecnológicas que a América Latina e o mundo em desenvolvimento exigem.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Ferrari, C. K. B. (2023). Uma visão crítica sobre periódicos predatórios e fraudulentos: é preciso distinguir os tubarões dos peixes pequenos. Palabra Clave (La Plata), 12(2), e185. https://doi.org/10.24215/18539912e185
Sección
Artículos de temática libre

Citas

Alperin, J. P. & Fischman, G. (org.) (2015). Hecho en Latinoamérica: acceso abierto, revistas académicas e innovaciones regionales. Buenos Aires: CLACSO.

Amaral, O. B. (2018). All publishers are predatory – some are bigger than others. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 90(2), 1643-1647. https://doi.org/10.1590/0001-3765201820170959

Asim, Z. & Sorooshian, S. (2019). Clone journals: a threat to medical research. São Paulo medical journal, 137(6), 550-551. https://doi.org/10.1590/1516-3180.2018.0370160919

Beall, J. (2012). Predatory publishers are corrupting open acess. Nature, 489, 179. https://doi.org/10.1038/489179a

Bealls List. (2021). Beall’s list of predatory and hijacked journals, 2021. Recuperado de https://beallslist.net/hijacked-journals/

Begun, S. & Abdulla, R. (2021). Predatory science: Unraveling a secret journey of fake journals and conferences. Journal of oral maxillofacial pathology, 25(1), 193-194. Recuperado de https://www.jomfp.in/text.asp?2021/25/1/193/316052

Benessia, A., et al. (2016). The rightful place of science: science on the verge. Tempe, AZ: Consortium for Science, Policy & Outcomes. Recuperado de http://www.andreasaltelli.eu/file/repository/Content.pdf

Burgess-Jackson, K. (2020). Why I publish in predatory journals – and why you should too. Philosophy international journal, 3(4), 1-11.

Bustin, S. A. & Huggett, J. F. (2017). Reproducibility of biomedical research- The importance of editorial vigilance.

Biomolecular Detection and Quantification, 11, 1-3. https://doi.org/10.1016/j.bdq.2017.01.002

Butler, D. (2013). Sham journals scam authors. Nature, 495, 421–422. https://doi.org/10.1038/495421a

Chambers, A. H. (2019). How I became easy prey. Science, 364(6440), 602. https://www.science.org/doi/10.1126/science.364.6440.602

Eriksson, S. & Helgesson, G. (2017). The false academy: predatory publishing in science and bioethics. Medicine & Health Care and Philosophy, 20(2), 163-170. https://doi.org/10.1007/s11019-016-9740-3

Fernandez-Llimos, F. (2014). Open acess, predatory publishing and peer-review. Pharmacy practice, 12(1). Recuperado de http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1885-642X2014000100001&lng=es&nrm=iso

Ferrari, C. K B. & Torres, A. F. S. (1998a). Contaminación de los alimentos por virus: un problema de salud pública poco comprendido. Revista panamericana de salud pública, 3(6), 359-366. https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v3n6/3n6a1.pdf

Ferrari, C. K. B. (1998b). Oxidação lipídica em alimentos e sistemas biológicos: mecanismos gerais e implicações nutricionais e patológicas. Revista de nutrição, 11(1), 3-14.

Ferrari, C. K. B. (2000). Free radicals, lipid peroxidation, and antioxidants in apoptosis: implications in cancer, cardiovascular and neurological diseases. Biologia, Bratislava, 55(6), 581-590.

Ferrari, C. K. B. (2001). Oxidative stress pathophysiology: searching for an effective antioxidant protection. International medical journal, 8(3), 175-184.

Ferrari, C. K. B. & Torres, E. A. F. S. (2002a). Lipid oxidation and quality parameters of sausages marketed locally in the Town of Săo Paulo (Brazil). Czech journal of food sciences, 20(4), 144-150. https://doi.org/10.17221/3525-CJFS

Ferrari, C. K. B. & Torres, E. A. F. S. (2002b). Perspectivas da pesquisa em biologia molecular aplicada à nutrição. Interciência, 27(11), 592-598. Recuperado de http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0378-18442002001100003&lng=es&nrm=iso

Ferrari, C. K. B. & Torres, E. A. F. S. (2003). Biochemical pharmacology of functional foods and prevention of chronic diseases of aging. Biomedicine & pharmacotherapy, 57(5-6), 251-260. https://doi.org/10.1016/S0753-3322(03)00032-5

Ferrari, C. K. B. (2004). Functional foods, herbs and nutraceuticals: towards biochemical mechanisms of healthy aging. Biogerontology, 5(5), 275-289. https://doi.org/10.1007/s10522-004-2566-z

Ferrari, C. K. B. (2005). Minerals. From basic aspects to newly discovered physiological and nutritional aspects. Evidence-based integrative medicine, 2(3), 123-131. https://doi.org/10.2165/01197065-200502030-00003

Ferrari, C. K. B. (2018). Um guia para publicar artigos em ciências da saúde. Revista Plêiade, 12(26), 5-13, 2018. Recuperado de https://pleiade.uniamerica.br/index.php/pleiade/article/view/484

Ferrari, C. K. B. (2019). Construção do conhecimento e descolonização: qual é o verdadeiro papel dos professores e pesquisadores brasileiros? Revista Plêiade, 13(28), 5-12. Recuperado de https://pleiade.uniamerica.br/index.php/pleiade/article/view/541

Forero, D. A., et al. (2018). Negative effects of "predatory" journals on global health research. Annals of global health, 84(4), 584-589. https://doi.org/10.29024/aogh.2389

Fox, R. (2021). Predatory journals. Journal of the Royal College of Physicians of Edinburgh, 51(1), 106-110. . https://doi.org/10.4997/JRCPE.2021.126

Gallent Torres, C. (2022). Editorial misconduct: the case of online predatory journals. Heliyon, 8(3), e08999. https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2022.e08999

Garcia, M. S. S. & Czeszak, W. (2019). Curadoria educacional. Práticas pedagógicas para tratar (o excesso de) informação e fake news em sala de aula. São Paulo: Ed. Senac.

Grudniewicz, A., et al. (2019). Predatory journals: no definition, no defense. Nature, 576(7786), 210-212. https://doi.org/10.1038/d41586-019-03759-y

Ioannidis, J. P. A. (2015). Failure to replicate: sound the alarm. Cerebrum, 2015, 1-12. Recuperado de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4938249/pdf/cer-12-15.pdf

Kinde, A. A. (2021). Avoiding predatory journals and publishers: a cross-sectional study. European science editing, 47, e52348. https://doi.org/10.3897/ese.2021.e52348

Longyhore, D. & Zagar, B. (2015). The predator and prey of publishing research. American journal of pharmaceutical education, 79(8), 128.

Marin, A., Petralia, S. & Stubin, L. (2015). Evaluación del impacto de las iniciativas de acesso abierto en el ámbito académico y otros. Em: J. P. Alperin & G. Fischman (org.). Hecho en latinoamérica: Acceso abierto, revistas académicas e innovaciones regionales (pp. 77-105). Buenos Aires: Clacso.

Memon, A. R. (2019). Revisiting the term predatory open access publishing. Journal of the Korean medical science, 34(13), e99. https://doi.org/10.3346/jkms.2019.34.e99

Mercier, E., Tardif, P. A., Moore, L., Le Sage, N. & Cameron, P. A. (2018) Invitations received from potential predatory publishers and fraudulent conferences: a 12-month early-career researcher experience. Postgraduate medical journal, 94(1108), 104-108. https://doi.org/10.1136/postgradmedj-2017- 135097

Nieminen, P. & Uribe, S. E. (2021). The quality of statistical reporting and data presentation in predatory dental journals was lower than in non-predatory journals. Entropy, 23(4), 468. https://doi.org/10.3390/e23040468

Nwanodi, O. B. (2017). Nutraceuticals: curative integrative cancer treatment. Alternative and integrative medicine, 6(2), 240.

Owens, J. K. & Nicoll, L. H. (2019). Plagiarism in Predatory Publications: A Comparative Study of Three Nursing Journals. Journal of nursing scholarship, 51(3), 356-363. https://doi.org/10.1111/jnu.12475

Pawar, D., et al. (2020). Recovery trial and hydroxychloroquine. International medical journal, 25(9), 3237-3244.

Pellizzon, R. F., Población, D. A. & Goldenberg, S. (2003). Pesquisa na área da saúde: seleção das principais fontes para acesso à literatura científica. Acta cirurgica brasileira, 18, 493-496. https://doi.org/10.1590/S0102-86502003000600002

PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (s.f.) Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. PNUD/Brasil, Brasília: s/d. Recuperado de https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals.html

Ponce, B. J. et al. (2017). Sobre a melhoria da produção e da avaliação de periódicos científicos no Brasil. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, 25, 97, 1032-1044. https://doi.org/10.1590/S0104-40362017002501032

Prado, P. I., Kraenkel, R. A. & Coutinho, R.M. (2017). Preda QUALIS. Recuperado de https://predaqualis.netlify.app/

Ramírez, F. D. et al. (2017). Methodological rigor in preclinical cardiovascular studies. Targets to enhance reproducibility and promote research translation. Circulation research, 120(12), 1916-1926.

https://doi.org/10.1161/CIRCRESAHA.117.310628

Sahare, M. & Roberts, L. L. (2020). Historicizing the crisis of scientific misconduct in Indian Science. History of Science, 58(4), 485-506.

Santos, B. de S., Araújo, S. & Baumgarten, M. (2016). As epistemologias do Sul num mundo fora do mapa. Sociologias, 18(43), 14-23. https://doi.org/10.1590/15174522-018004301

Sharma, S. A. & Deschaine, M. E. (2016). Digital curation: A framework to enhance adolescent and adult literacy initiatives. Journal of adolescent & adult literacy, 60(1), 71-78. https://doi.org/10.1002/jaal.523

Silva, J. A. T. (2021). What is a legitimate, low-quality or predatory surgery journal? Indian journal of surgery, 84(1), 1-2. https://doi.org/10.1007/s12262-020-02656-3

Sorokowski, P., Kulczycki, E., Sorokowska, A. & Pisanski, K. (2017). Predatory journals recruit fake editor. Nature, 543, 481-483.

Trein, E. & Rodrigues, J. (2011). O mal-estar na academia: produtivismo científico, o fetichismo do conhecimento-mercadoria. Revista brasileira de educação, 16(48), 769-819.

Vervoort, D., Ma, X. & Shrime, M. G. (2020). Money down the drain: predatory publishing in the COVID-19 era. Canadian journal of public health, 111(5), 665-666. https://doi.org/10.17269/s41997-020-00411-5

Vosgerau, D. S. A. R., Orlando, E. A. & Meyer, P. (2017). Produtivismo acadêmico e suas repercussões no desenvolvimento profissional de professores universitários. Educação & sociedade, 38(138), 231-247. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302016163514

Wager, E. (2017). Why we should worry less about predatory publishers and more about the quality of research and training at our academic institutions. Journal of epidemiology, 27(3), 87-88.