Palabra Clave (La Plata), octubre 2022 - marzo 2023, vol. 12, núm. 1, e166. ISSN 1853-9912
Universidad Nacional de La Plata
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
Departamento de Bibliotecología

Dosier: Alfabetización en información: tendencias, conocimientos y experiencias
innovadoras en bibliotecas y otros espacios educativos y culturales - parte 2

Programa de Formação de Competência em Informação para bibliotecários do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal de São Carlos, Brasil

Cristina Marchetti Maia

Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Camila Araújo dos Santos

Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília, Brasil
Cita sugerida: Maia, C. M. y Santos, C. A. (2022). Programa de Formação de Competência em Informação para bibliotecários do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal de São Carlos, Brasil. Palabra Clave (La Plata), 12(1), e166. https://doi.org/10.24215/18539912e166

Resumo: O artigo apresenta a estruturação e a aplicação do Programa de Formação de Competência em Informação para bibliotecários do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da Universidade Federal de São Carlos, Brasil. O objetivo do estudo foi analisar como as etapas transversais de planejamento e de mapeamento da competência em informação (ComInfo) nos níveis institucional e de ensino foram determinantes para o delineamento das estratégias formativas. O programa é constituído por uma frente de atuação voltada para o aperfeiçoamento profissional da equipe do SIBi e a outra frente direcionada para o empreendimento de eventos, de atividades e de criação de materiais voltados para o atendimento de demandas da comunidade acadêmica. A pesquisa é de abordagem qualitativa de cunho descritivo-exploratória. Fez-se uso da observação participante e do questionário para compreender, holística e integradamente, o objeto em foco. Relatou-se em um primeiro momento, o alinhamento das atividades do programa com o framework de Santos (2020) cujo resultado dessa intersetorialidade culminou no 1º Ciclo de Formação de CoInfo dos bibliotecários da equipe. Em um segundo momento, descreveu-se todo o programa a partir dos princípios do Plano de Ação da International Federation of Library Associations and Institutions (2007) em que se constatou que todas as atividades propostas corroboram com a ascensão de competências transversais, tendência preconizada no relatório International Federation of Library Associations and Institutions (2021). Evidencia-se que apoio institucional é um diferencial, visto que os objetivos do programa devem estar em consonância com os da biblioteca a fim de que os bibliotecários sejam sensibilizados sobre sua participação e contribuição na melhoria do atendimento à comunidade. Espera-se que a experiência relatada possa servir como norteadora para que bibliotecários alinhem, junto à instâncias gestoras e políticas de sua instituição, ações de formação e atualização de seus conhecimentos sobre a competência em informação.

Palavras-chave: Competência em informação, Programa de formação, Bibliotecários, Universidade Federal de São Carlos, Brasil.

Information Literacy Training Program for librarians of the Integrated System of Libraries of the Federal University of São Carlos, Brazil

Abstract: The article presents the structuring and application of the Information Literacy Training Program for librarians of the Integrated System of Libraries of the Federal University of São Carlos, Brazil. The objective of the study was to analyze how the transversal steps of planning and mapping of information literacy at the institutional and educational levels were decisive for the design of training strategies. The Program consists of an action front focused on the professional improvement of the SIBi team and the other front focused on the development of events, activities and the creation of materials aimed at meeting the demands of the academic community. The research has a qualitative approach with a descriptive-exploratory nature. We use participant observation and the questionnaire to understand, holistically and in an integrated way, the object in focus. At first, the alignment of the program's activities with the Santos framework (2020) was reported, whose result of this intersectoriality culminated in the 1st CoInfo Training Cycle of the team's librarians. In a second moment, the entire Program was described based on the principles of the Action Plan of the International Federation of Library Associations and Institutions (2007), in which it was found that all the activities proposed in the Program corroborate the rise of transversal competences, a tendency advocated in the report International Federation of Library Associations and Institutions (2021). It is evident that institutional support is a differential, since the objectives of the program must be in line with those of the library so that librarians are sensitized about their participation and contribution to improving service to the community. It is hoped that the reported experience can serve as a guide for librarians to align, together with their institution's management and policy instances, training and updating actions for their knowledge on information literacy.

Keywords: Information literacy, Training program, Librarians, Federal University of São Carlos, Brazil.

Programa de Formación en Alfabetización Informacional para bibliotecarios del Sistema Integrado de Bibliotecas de la Universidad Federal de São Carlos, Brasil

Resumen: El artículo presenta la estructuración y aplicación del Programa de Formación en Alfabetización Informacional para bibliotecarios del Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) de la Universidade Federal de São Carlos, Brasil. El objetivo del estudio fue analizar cómo los pasos transversales de planificación y mapeo de la alfabetización informacional a nivel institucional y educativo fueron determinantes para el diseño de estrategias de formación. El programa consta de un frente de acción enfocado en el desarrollo profesional del equipo SIBi y el otro frente enfocado en el desarrollo de eventos, actividades y la creación de materiales destinados a satisfacer las demandas de la comunidad académica. La investigación tiene un enfoque cualitativo con carácter descriptivo-exploratorio. Se utiliza la observación participante y el cuestionario para comprender, de manera holística e integrada, el objeto en foco. En un primer momento, se informó el alineamiento de las actividades del programa con el marco referencial de Santos (2020), cuyo resultado de esa intersectorialidad culminó en el 1º Ciclo de Formación CoInfo de los bibliotecarios del equipo. En un segundo momento, se describió todo el programa con base en los principios del Plan de Acción de la Federación Internacional de Asociaciones e Instituciones Bibliotecarias (2007), en el cual se encontró que todas las actividades propuestas en él corroboran el surgimiento de competencias transversales, tendencia defendida en el informe Federación Internacional de Asociaciones e Instituciones Bibliotecarias (2021). Es evidente que el apoyo institucional es un diferencial, ya que los objetivos del programa deben estar en consonancia con los de la biblioteca para que los bibliotecarios estén sensibilizados sobre su participación y contribución para mejorar el servicio a la comunidad. Se espera que la experiencia reportada pueda servir de guía para que los bibliotecarios alineen, junto con las instancias de gestión y política de su institución, acciones de capacitación y actualización de sus conocimientos en alfabetización informacional.

Palabras clave: Alfabetización informacional, Programa de formación, Bibliotecarios, Universidad Federal de São Carlos, Brasil.

1. Introdução

Os debates em torno da competência em informação (CoInfo) tem se tornado cada vez mais latentes no cenário educacional, social, político, cultural e econômico devido às transformações e (re)significações que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) vêm empreendendo nas ações profissionais, institucionais e pessoais no que se refere ao uso inteligente crítico, reflexivo, criativo, proativo, responsável e ético das informações.

A CoInfo refere-se aos conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidades e valores que os indivíduos devem se apropriar e internalizar para buscar, recuperar, avaliar, produzir, comunicar e utilizar a informação de maneira inteligente, responsável e ética para entenderem seu papel na e para a sociedade. Expressa-se a necessidade de internalizar a CoInfo “[...] para atender aos desafios que se fazem presentes ante a multidiversidade cultural e a complexidade atual de acesso e uso da informação encontrada em suportes de natureza vária” (Belluzzo, 2007, p. 35).

Tal é a transformação que as TIC engendram na vida das pessoas, que a Association of College and Research Libraries (ACRL, 2016) renovou o conceito “uso da informação” para “meta-uso” (meta-gestão) da informação ou metaliteracy que compreende o conjunto superior de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidades e valores em que as pessoas são consumidoras e criadoras de informação em espaços colaborativos. O “meta-uso” da informação requer compromissos comportamentais, afetivos, cognitivos e metacognitivos em sua relação com o ecossistema da informação.1

No âmago desse cenário, a Organização das Nações Unidas (ONU, 2014) acentua que as bibliotecas devem dispor as habilidades e recursos necessários para ajudar governos, instituições e indivíduos a comunicar, organizar, estruturar e compreender dados e informações que sejam fundamentais para o desenvolvimento sustentável, social, educacional e econômico de um país. Destaca que as bibliotecas podem oferecer treinamentos e desenvolver competências para ajudar as pessoas a acessar e compreender as informações e os serviços mais úteis para elas (ONU, 2014).

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA, 2012) aponta que as ações formativas em CoInfo devem ser trabalhadas em uma linha de transversalidade (integradas) e devem ser ofertadas pelas bibliotecas considerando “[...] tanto os aspectos gerais, comuns aos usuários/público a quem se dirige a formação, como as particularidades, de acordo com as condições de idade, gênero, nível educativo, disciplinas, profissões, cultura, língua e acesso ao conhecimento e uso das TIC” (IFLA, 2012) a fim de que essas ações respeitem os seus ritmos e estilos de aprendizagem e se ajustem às suas necessidades de informação e formação e ao tipo de organização a que pertencem e onde se inserem.

Na educação superior, a CoInfo deve ser reconhecida como um elemento de transformação social, visto que é nesse nível educacional que, em grande parte, são gerados os estudos e pesquisas que resultam em avanços científicos e tecnológicos. A CoInfo deve ser um elemento didático-pedagógico que apoia o tripé ensino, pesquisa e extensão, a integração social, a qualificação profissional, a liberdade de expressão e a salvaguarda dos valores democráticos.

As bibliotecas universitárias devem ser reconhecidas como instituições que amparam o processo de ensino-aprendizagem da CoInfo para a geração de conhecimento, inovação, apoio à pesquisa científica, desenvolvimento social e empoderamento. Os bibliotecários devem apoiar as propostas institucionais (Catts & Lau, 2008), o que nos remete à reflexão sobre o seu aprimoramento profissional em relação aos fundamentos da CoInfo.

O aprimoramento profissional é pontuado como uma das tendências de bibliotecas publicado no Relatório da International Federation of Library Associations and Institutions (2021) - IFLA Trend Report 2021 Update na “Tendência 17 – Qualificações importam”. O bibliotecário deve buscar formação para que a atualização de seus conhecimentos estejam em consonância com a complexidade do universo informacional. A IFLA (2021) disserta sobre a necessidade do bibliotecário desenvolver competências sobre o uso de ferramentas digitais, ter conhecimento sobre codificação e programação, ter a capacidade para avaliar as necessidades da comunidade, entre outras.

Em função das premissas dialogadas, o bibliotecário deve ter a CoInfo para que possa proporcionar as condições ideais de desenvolvimento/aprimoramento dessa competência em sua comunidade. Compreendendo esse cenário, o Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal de São Carlos (SIBi-UFSCar)2 implementou o Programa de Formação de Competência em Informação para sua equipe, a partir da criação de espaços de conversa, interação e de formação. Esse Programa faz parte do Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) da Divisão de Desenvolvimento de Pessoas (DiDP) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGPe) e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) e parcerias com a Coordenadoria de Inovações Pedagógicas e Formativas (CIPeF) da Secretaria Geral de Educação à Distância (SEaD) da UFSCar e do Grupo de Competência em Informação (GT - CoInfo) da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB).3

A proposta deste trabalho fundamenta-se em apresentar este programa a partir de seu alinhamento com os documentos de literatura especializada sobre CoInfo “Plano de ação” da International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA, 2007) e framework de Santos (2020). Espera-se que o programa e sua inter-relação com os documentos sirvam como referenciais teórico-práticos projetivos para a institucionalização da CoInfo em bibliotecas.

2. Referenciais e diretrizes para a elaboração de programas de competência em informação

A CoInfo consiste em um processo de desenvolvimento/aprimoramento de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidades e valores relacionados à busca, à recuperação, à avaliação, à produção, à comunicação, à disseminação e ao uso crítico, ético e responsável das informações (meta-uso) para a construção de conhecimento, o empoderamento, o exercício da cidadania, a compreensão da realidade, a tomada de decisão, entre outros.

Essa competência tem ganhado representatividade nos discursos de marcos políticos oriundos de declarações, manifestos e cartas como um pré-requisito educativo que conduz ao desenvolvimento social, cultural, econômico e político e à inclusão social e laboral dos indivíduos por meio do meta-uso da informação (FEBAB, 2011, 2013; IFLA, 2005, 2007, 2012; ONU, 2014; UNESP, UnB & IBICT, 2014). Os apontamentos expressos nesses marcos são incisivos em destacar a atuação do bibliotecário como o principal protagonista na promoção e desenvolvimento da CoInfo nas instâncias da educação, do trabalho, da ciência e tecnologia, do Estado e da sociedade civil organizada.

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA, 2019, tradução nossa) destaca que o setor bibliotecário deve ser unido e forte e que deve contribuir “[...] para o desenvolvimento de sociedades alfabetizadas, informadas e participativas”. Essa ação deve partir de um trabalho cooperativo, participativo e integrado das bibliotecas de todo o globo para que sejam ouvidas e ganhem representatividade e reconhecimento em âmbito mundial.

As discussões desses marcos destacam a imprescindibilidade de bibliotecários que atuam em bibliotecas universitárias de estabelecer parcerias com docentes, coordenadores, gestores, agentes culturais e demais profissionais para desenvolver programas e constituir uma comunidade de prática na instituição, com o objetivo de promover uma rede colaborativa para o compartilhamento de experiências e vivências em âmbito nacional e internacional em prol do “movimento” da CoInfo.

Uma das formas de se trabalhar com a formação da CoInfo é por meio de programas que consistem em ações institucionais sistematizadas e integradas por meio de um rigoroso planejamento que deve estar em consonância com as metas e os objetivos da instituição.

A Association of College and Research Libraries (ACRL, 2019) publicou uma diretriz que apresenta as práticas notáveis ​​dos programas de excelência de CoInfo. Tem por objetivo auxiliar no desenvolvimento, na avaliação e na implementação de programas de CoInfo para diferentes públicos, pois correspondem a um conjunto de ideias que podem ser usadas para estabelecer, desenvolver, aprimorar e avaliar um programa. A ACRL (2019) destaca que esta lista não é prescritiva, uma vez que essas características devem servir como um guia que considera o contexto institucional, as metas e as estratégias do programa. As categorias propostas neste documento são: Categoria 1: Missão, Metas e Objetivos; Categoria 2: Planejamento; Categoria 3: Apoio Administrativo e Institucional; Categoria 4: Sequenciamento de Programas; Categoria 5: Pedagogia; Categoria 6: Comunicação e Advocacy; e Categoria 7: Avaliação.

Na esfera das discussões que permeiam os programas de CoInfo, as bibliotecas têm a responsabilidade de assumir seu compromisso pedagógico, empreendendo ações educacionais para o contexto da informação, utilização dos recursos e serviços informacionais. Para tanto, os bibliotecários devem desenvolver e aperfeiçoar suas competências a fim de que possam promover e ofertar diferentes tipos de serviços e produtos para sua comunidade.

Para fins desta pesquisa, apresenta-se os documentos que foram norteadores para o delineamento do Programa de CoInfo do SIBi-UFSCar.

2.1 Diretrizes sobre desenvolvimento de habilidades em informação para a aprendizagem permanente da International Federation of Library Associations and Institutions

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA, 2007) pontua que os bibliotecários são os especialistas na gestão da informação e devem assumir o papel principal no ensino da CoInfo. O bibliotecário desempenha sua função educativa quando, em parceria com outros profissionais, estrutura programas de desenvolvimento/aprimoramento de CoInfo para a comunidade de sua instituição.

Para a criação de um programa, é necessário criar um plano de ações autodirigido que auxilie na definição das ideias sobre como se pretende alcançar os objetivos propostos e deve-se levar os seguintes elementos para seu planejamento:

  • Missão: corresponde aos papéis essenciais do plano.

  • Visão: planejar os resultados a curto, médio ou longo prazo.

  • Justificativa: elencar os motivos, demandas e benefícios do programa. Tem um propósito de convencimento para viabilizar a execução do projeto.

  • Forças e fraquezas: destaque para uma análise da capacidade da biblioteca de desenvolver o plano.

  • Análise ambiental: descrever os fatores internos e externos que favorecem ou limitam a execução do plano.

  • Estratégias: descrever como se pretende alcançar os objetivos propostos.

  • Metas e objetivos: definição de metas gerais e dos objetivos do Programa.

  • Ações: atividades que serão desenvolvidas.

  • Recursos/ Requisitos: especificar quais recursos serão necessários em cada uma das ações.

  • Orçamento: estimativa de custo dos recursos para a conclusão das ações.

  • Cronograma: prazos para conclusão das atividades (IFLA, 2007).

A IFLA também ressalta que é fundamental que o programa seja arquitetado de acordo com as necessidades e os padrões de planejamento da instituição para que todas as ações formativas em CoInfo sejam significativas para a comunidade.

2.2 Framework para a implantação e o desenvolvimento da competência em informação em bibliotecas de Santos

O framework desenvolvido por Santos (2020) parte da prerrogativa de que o bibliotecário deve ter um olhar holístico sobre as ações que antecedem, efetivamente, o mapeamento e a implantação de um programa de desenvolvimento/aprimoramento da CoInfo em uma biblioteca de modo que as práticas formativas em informação sejam significativas para a comunidade.

Apresenta uma estrutura macro e transversal, não rígida, com referenciais teórico-práticos que objetivam guiar as ações dos bibliotecários a partir das reflexões: “Como começar? – Nível Institucional”, “Como desenvolver? – Nível de Ensino” e “O que desenvolver? – Nível da Aprendizagem”. Para cada nível, há as seguintes recomendações: ideia central: consiste em uma contextualização de cenários e de conceitos referente ao nível macro em que a instituição está inserida; marcos gerais: traçam um conjunto de disposições didáticas para a operacionalização da ideia central; e linhas de ação: são as atitudes que levam à aplicação dos marcos gerais:

  1. 1. Nível Institucional: a biblioteca deve apresentar o contexto em que está inserida, pois este será o ponto de partida para o desenvolvimento do programa. Esta etapa busca traçar um diagnóstico da instituição e deve caracterizar seus “profissionais, ações, práticas, serviços, experiências e processos institucionais e informacionais”. Seus marcos gerais consistem em adotar um conceito de CoInfo para relacioná-lo à missão, aos valores, às metas, aos objetivos e aos princípios pedagógicos da unidade de informação. Também consistem na definição de condições estruturais e financeiras no desenvolvimento de um programa.
  2. 2. Nível de Ensino: corresponde ao mapeamento da CoInfo dos profissionais e visa obter dados relacionados aos conhecimentos e percepções que eles têm sobre essa competência. Nesta esfera, deve-se trabalhar com a sensibilização e conscientização dos bibliotecários sobre os princípios e práticas da CoInfo. Este eixo destaca a função educadora do bibliotecário condição que demanda que ele esteja apto para promover essa competência. Seus marcos gerais consistem em mapear a CoInfo dos profissionais da informação, estabelecer parcerias com diferentes profissionais, pesquisadores e docentes e selecionar um modelo de CoInfo para auxiliar na estruturação dos planos e ações didático-pedagógicas.
  3. 3. Nível da Aprendizagem: busca empreender as ações voltadas para o desenvolvimento/aprimoramento da CoInfo dos usuários. Aconselha-se iniciar por um mapeamento de suas competências com a finalidade de estruturar atividades sobre o uso crítico, ético e responsável da informação. Seus marcos gerais consistem em mapear e desenvolver/aprimorar a CoInfo dos usuários por meio da criação de espaços de aprendizagem que retratem a cultura de sua comunidade de modo que as atividades formativas sejam significativas (Santos, 2020).

O bibliotecário, no âmbito da CoInfo, ativa suas funções educadora, mediadoras e gestoras, pois estabelece parcerias com vários profissionais, elabora estratégias formativas, educativas e informacionais para mapear e desenvolver/aprimorar a CoInfo dos profissionais que atuam em sua instituição e a de sua comunidade.

Para o planejamento e efetivação do Programa CoInfo SIBi-UFSCar trabalhou-se com o Nível Institucional, com o Nível de Ensino que encontra-se em andamento e, futuramente, o Nível da Aprendizagem será implantado nas ações do sistema.

3. Procedimentos metodológicos

A pesquisa é de abordagem qualitativa e caracteriza-se como descritiva-exploratória cujo universo é o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Brasil. Considera-se pesquisa descritiva aquela que visa traçar um perfil relativo às características de determinada população ou de um fenômeno com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis (Gil, 2022; Marconi & Lakatos, 2022) que, no artigo em foco, buscou compreender como a CoInfo estava inserida nas ações institucionais e na formação dos bibliotecários do SIBi-UFSCar. Já a pesquisa exploratória busca “[...] proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses” (Gil, 2022, p. 42), cuja discussão em pauta buscou inter-relacionar as ações do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com documentos consolidados de literatura especializada sobre CoInfo a fim de traçar compreender o “estado da arte” dessa competência no sistema.

Utilizou-se a observação participante e o questionário como técnicas de pesquisa da realidade social entendida como os aspectos que envolvem o homem e seus múltiplos relacionamentos com outros indivíduos e instituições sociais (Gil, 2019). A observação participante possibilita ao pesquisador e aos participantes desenvolverem uma relação de confiança, necessária para os participantes revelarem “os bastidores das realidades” de sua experiência (Paterson, Bottorff & Hewat, 2003). Neste estudo, uma das pesquisadoras atuou como a coordenadora do Programa CoInfo junto à diretora do SIBi-UFSCar e de todas as ações que o envolveram, utilizando-se do questionário para realizar mapeamento institucional e dos conhecimentos e percepções dos servidores acerca da CoInfo.

3.1 Caracterização do universo de pesquisa

O SIBi é uma unidade vinculada à Reitoria da UFSCar e tem a responsabilidade de desenvolver, de maneira articulada, as políticas de gestão administrativa e informacional das bibliotecas e unidades vinculadas. É constituído por um Conselho, um Comitê Gestor composto pelos dirigentes das unidades vinculadas, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho, Diretoria, Divisão de Tecnologia (DiT), Departamento de Produção Gráfica (DePG) e Departamento de Produção Científica (DePC). É responsável também pelo Repositório Institucional (RI) da Universidade, Portal de Periódicos da UFSCar, Comissão Permanente de Publicações e Oficiais Institucionais (CPOI). Estão vinculadas ao SIBi, quatro bibliotecas da UFSCar, quais sejam: Biblioteca Comunitária (BCo) no Campus São Carlos, Biblioteca Campus Araras (BAr), Biblioteca Campus Lagoa do Sino (B-LS) e Biblioteca Campus Sorocaba (B-So) e Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo (UMMA).

A equipe do SIBi é constituída por 66 servidores distribuídos em suas unidades sendo 31 bibliotecários, 33 assistentes/auxiliares administrativos, 1 pedagogo e 1 administrador público.

O SIBi-UFSCar tem por objetivo apoiar o desenvolvimento do projeto institucional da UFSCar, disponibilizar e promover o acesso à informação, desenvolver/aprimorar a CoInfo e oferecer serviços de informação e espaços democráticos de acesso à cultura e ao lazer, transformando as bibliotecas universitárias em espaços de conversação e acolhimento de conhecimentos para ampliar o sentimento de pertencimento à comunidade e a aproximação da universidade com a sociedade.

Dentre várias perspectivas futuras do SIBi, destaca-se a modernização dos serviços e produtos oferecidos, motivados principalmente pela necessidade de atender novas demandas da comunidade acadêmica, desenvolver um programa padronizado de capacitação dos usuários e fortalecer a comunicação via mídias sociais. Considerando esse cenário, considerou-se pertinente e relevante propor o Programa CoInfo SIBi-UFSCar a fim de colaborar para que o SIBi-UFScar alcance essa perspectiva de desenvolvimento de modernização dos serviços e produtos oferecidos, qualificando, primeiramente, sua equipe e, posteriormente, sua comunidade.

3.2 Planejamento do Programa CoInfo do SIBi-UFSCar

O planejamento do programa teve início a partir de reuniões com a equipe de gestão do SIBi e com o GT - CoInfo da FEBAB. As discussões com os bibliotecários que atuam na gestão do sistema foram realizadas no mês de maio de 2021 e ocorreram semanalmente pela Plataforma Google Meet.

A partir das percepções e sugestões apontadas nas reuniões, o projeto foi estruturado em consonância com os objetivos propostos no planejamento estratégico da gestão do Sistema pelas bibliotecárias coordenadoras do projeto e pela diretora do SIBi. Posteriormente, foram definidos os resultados esperados com o Programa CoInfo SIBi-UFSCar a curto, médio e longo prazo. Na ocasião, aprovou-se duas propostas, a saber:

1) cronograma para efetivação de cada uma das fases; 2) realização de um evento interno denominado “Roda de Conversa” que visa integrar a equipe e apresentar o programa para todos.

A proposta aprovada pela gestão do SIBi foi encaminhada, no mês de maio, para reunião do Comitê Gestor. Na ocasião, a bibliotecária responsável pelo projeto Cristina Marchetti Maia e a diretora do SIBi Camila Cassiavilani apresentaram as propostas e objetivos do programa e da “Roda de Conversa”. Concomitantemente com as reuniões internas da equipe, foram firmadas parcerias com a ProGPe (UFSCar), reuniões com a CIPeF da SeAD (UFSCar) e com o GT - CoInfo da FEBAB. A ProGPe formalizou a proposta de educação continuada dos servidores, a CIPeF assessorou no planejamento pedagógico dos cursos e na definição de instrumentos avaliativos e o GT - CoInfo da FEBAB conferiu suporte na definição das fases e dos elementos constitutivos do Programa e na análise dos questionários com aplicação de pré-teste na Universidade Federal do Ceará (UFC) com bibliotecários que atuam na Biblioteca da instituição. O GT - CoInfo da FEBAB também ministrou aulas no 1º Ciclo de Formação e, futuramente, participará dos próximos Ciclos.

A partir da aprovação pelo Comitê Gestor da UFSCar e das parcerias firmadas, o evento interno foi realizado nos meses de junho a agosto de 2021. De setembro a dezembro de 2021 ocorreu o 1º Ciclo de Formação em Pesquisa Acadêmica. O 2º Ciclo de Formação sobre o uso ético da informação e boas práticas na pesquisa acadêmica teve início em março de 2022 e está em andamento. A proposta é que a cada semestre um novo Ciclo de formação seja promovido para que todas as dimensões e temáticas relacionadas à CoInfo sejam trabalhadas.4

3.3 Mapeamento da competência em informação das ações ofertadas nas unidades e da equipe

Realizou-se uma avaliação diagnóstica da CoInfo da equipe e das ações promovidas pelas unidades a fim de arquitetar o Programa de acordo com as necessidades do SIBi-UFSCar. Para tanto, foram estruturados 2 questionários intitulados “Questionário de Práticas de Competência em Informação” (questionário 1) e “Questionário para avaliação de competência em informação - SIBi-UFSCar” (questionário 2).

O questionário 1 foi encaminhado para 6 gestores com o intuito de identificar as ações que as unidades oferecem para promover a CoInfo. O instrumento teve 7 perguntas abertas e 3 fechadas e um campo, não obrigatório, para inserir informações adicionais. Em sua descrição, foi inserido um conceito sobre CoInfo para auxiliar os gestores que não estavam familiarizados com a temática. Os 6 gestores descreveram as atividades e conteúdos oferecidos nas respectivas unidades, relataram se houve análise diagnóstica ou estudo de usuários, explanaram como é realizado o planejamento das atividades, a metodologia utilizada e as estratégias adotadas para avaliação da aprendizagem dos usuários.

O questionário 2, composto por 19 questões abertas e 3 fechadas, teve como objetivo mapear as competências dos 66 servidores do SIBi-UFSCar a fim de obter uma compreensão sobre o conhecimento que tinham sobre os princípios da CoInfo e subsidiar a definição das atividades de formação. Ele foi estruturado considerando os seguintes elementos da CoInfo: identificação do servidor, área e setor onde atua e detalhes de sua formação; perguntas de autoavaliação acerca de seus conhecimentos e habilidades (níveis: básico, intermediário, avançado ou não tem conhecimento). Esses elementos permearam aspectos sobre necessidade, busca, avaliação, organização, síntese, comunicação e disseminação, tratamento da informação, desenvolvimento de coleções, acessibilidade, capacitações e ferramentas e recursos informacionais. Dos 66 servidores que compõe o SIBi, 44 pessoas responderam, sendo todos os bibliotecários e alguns assistentes.

A aplicação dos questionários propiciou averiguar os conhecimentos que os gestores e os servidores têm acerca da CoInfo, ação que oportunizou uma visão holística do contexto para o delineamento dos conteúdos das ações formativas que culminaram nos ciclos de formação.

4. Resultados

As diretrizes da IFLA (2007) e o framework de Santos (2020) destacam a importância da consonância das ações com a missão educacional da instituição e com o planejamento estratégico da biblioteca. Em conformidade com essa premissa, o Programa de Formação de Competência em Informação (CoInfo SIBi-UFSCar) foi postulado em analogia com esses documentos a fim de se obter uma visão global e reflexiva sobre os ciclos formativos, seus conteúdos, as ações concretizadas e futuras.

A escolha pelas diretrizes da IFLA (2007) e pelo framework de Santos (2020) nortearam todo o processo de elaboração do programa de CoInfo, auxiliando na identificação das necessidades da equipe, na definição das temáticas e das atividades desenvolvidas nos Ciclos Formativos e nas estratégias que serão delineadas para os próximos anos do Programa. Posteriormente, relata-se a experiência “Roda de Conversa”, ação que complementa o programa.

4.1 Alinhamento das atividades do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com o framework de Santos

O Programa de Formação de CoInfo SIBi-UFSCar para bibliotecários tem suas linhas de ações institucionais e de ensino fundamentados no framework de Santos (2020), tal como se apresenta no Quadro 1.

Quadro 1
Atividades do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com base no framework de Santos (2020).
Atividades do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com base no framework de Santos (2020).
Fonte: elaborado pelas autoras.

Um dos resultados da intersetorialidade das práticas do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com o framework de Santos (2020) foi o 1º Ciclo de Formação de CoInfo dos bibliotecários da equipe do SIBi.

Os encontros ocorreram via plataforma Google Classroom. Em 6 deles, abordou-se discussões sobre fontes de informação e uso de recursos para busca e avaliação de conteúdo. Permeou-se conteúdos sobre critérios de confiabilidade e classificação das fontes de informação para tomada de decisão; técnicas para pesquisa em bases de dados e recursos on-line como formas de recuperação da informação; avaliação crítica da informação; apresentação de características e conceituações de coleções bibliográficas especiais pautadas nas perspectivas da memória e do patrimônio e orientação na formulação de estratégias para divulgação e disseminação de acervos especiais em bibliotecas. Posteriormente, houve 2 encontros: um focado no acompanhamento do trabalho final e o outro na apresentação dos resultados e reflexão com a equipe para verificar a percepção dos participantes a respeito do curso.

A efetivação do programa com base no framework destacou os seguintes pontos na formação em CoInfo dos bibliotecários: a atualização dos profissionais nos requisitos fontes de informação, estratégias de pesquisa e avaliação da informação; a importância de se traçar parcerias com profissionais e pesquisadores que possuem como foco de trabalho a informação em suas diversas aplicações e correntes; a integração de conteúdos para se elaborar um produto útil e significativo à comunidade da instituição e ao público externo; a troca de experiências para a construção de conhecimento e o estabelecimento de estratégias e ações.

Como resultado final do 1º Ciclo de Formação, foi elaborado um “Guia prático de Recursos informacionais da UFSCar”, com lançamento previsto para julho de 2022. O conteúdo foi criado de forma colaborativa pelos profissionais do SIBi e participantes do curso, tendo como base os conteúdos debatidos nos encontros dialogados.

Destaca-se que a parceria com o GT - CoInfo da FEBAB foi relevante para o planejamento e efetivação do Programa dadas a formação e a experiência profissional e acadêmica das integrantes com a CoInfo.

Os ciclos de formação terão continuidade para que outros princípios da CoInfo sejam trabalhados na perspectiva dos profissionais, a fim de que eles tenham condições efetivas de definir ações dessa competência voltadas para a comunidade da UFSCar e para o público externo.

4.2 Programa CoInfo SIBi-UFSCar com base no Plano de Ação da IFLA

Apresenta-se a descrição das atividades do Programa CoInfo do SIBi que já foram realizadas e que estão previstas para serem efetivadas de acordo com os elementos do plano de ação da IFLA (2007), tal como se ilustra no Quadro 2.

Quadro 2
Atividades do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com base no Plano de Ação da IFLA (2007).
Atividades do Programa CoInfo SIBi-UFSCar com base no Plano de Ação da IFLA (2007).



Fonte: elaborado pelas autoras.5

É importante destacar que todas as atividades do Programa CoInfo do SIBi corroboram com a “Tendência 4 - A ascensão de competências transversais” das tendências para bibliotecas publicadas no Relatório da IFLA (2021).

A IFLA (2021) trata da necessidade do bibliotecário reciclar seus conhecimentos e pontua a importância da incorporação das soft skills (competências suaves) na atualização de saberes desse profissional, quais sejam: resiliência, agilidade, flexibilidade, construção da confiança da comunidade, construção de parcerias, resolução de problemas e capacidade de responder positivamente ao inesperado. Todas essas competências são trabalhadas nos bibliotecários que congregam o Programa CoInfo do SIBi-UFSCar.

Essa tendência aponta que, por conta da evolução das TIC, é cada vez mais importante que os bibliotecários sejam capazes de inovar e adaptar-se a situações imprevistas. Tais circunstâncias são previstas no planejamento do programa.

A Tendência 4 também pontua que o bibliotecário deve ter a capacidade de compreender e responder às necessidades de sua comunidade, com base em inteligência emocional, de modo que os indivíduos tornem-se participantes ativos na Sociedade da Informação e do Conhecimento. Nas atividades do programa, fica perceptível que competências de colaboração, de escuta e de trabalho conjunto são permeadas na formação em CoInfo dos bibliotecários.

Após as fases de planejamento e escrita do projeto, organizou-se um evento interno para aproximar os servidores, promover conexões entre eles e tratar do início da aplicação do programa.

4.3 Rodas de Conversa

Os 6 encontros virtuais síncronos denominados “Rodas de Conversa” objetivaram promover a discussão e a interação entre a equipe do SIBi-UFSCar e ocorreram nos meses de junho e agosto de 2021. Os 3 encontros do mês de junho foram dedicados à interação da equipe com apresentação das Unidades, das Câmaras Técnicas e dos Grupos de Trabalho, vinculados ao SIBi. Os 3 encontros do mês de agosto foram dedicados às discussões de temáticas indicadas pela equipe. Para tanto, convidou-se palestrantes externos que dialogaram as seguintes temáticas: “Conversando sobre diversidade e acessibilidade”, “Práticas integrativas para promover a saúde e bem estar no trabalho remoto” e “Tendências, inovação e bibliotecas universitárias: o caso da BU/UFSC”.

Os encontros aconteceram semanalmente às terças-feiras dos meses de junho e agosto com 2 horas de duração (em média). Os encontros foram gravados e disponibilizados posteriormente, junto com as apresentações utilizadas pelos palestrantes, em ambiente virtual Google Classroom, cujo acesso está disponível aos servidores.

De acordo com o feedback dos participantes, obtidos por meio da aplicação de 2 questionários ao final de cada mês, este espaço virtual foi considerado positivo e acolhedor, uma vez que foi possível que todos se conhecessem dada a situação de distanciamento causada pela pandemia da COVID-19.

Também permitiu que a equipe conhecesse todo o trabalho que tem sido produzido pelo SIBi-UFSCar e dos resultados da nova gestão obtidos até o momento. Foi indicado pelos participantes que outras edições do evento ocorram periodicamente, diante da sua relevância para despertar o espírito de pertencimento ao sistema e auxiliar no desempenho de atividades de forma individual e coletiva.

Considerações finais

O presente trabalho descreveu a experiência de estruturação e planejamento do Programa de CoInfo para bibliotecários do SIBi-UFSCar. Destaca-se que orientar as ações com base nas diretrizes da IFLA (2007) e nos princípios do framework de Santos (2020) foi fulcral para estabelecer as relações intra e extra institucionais que otimizaram a consecução das estratégias do programa.

Evidencia-se que o apoio institucional é um diferencial, visto que os objetivos do programa devem estar em consonância com os da biblioteca a fim de que os bibliotecários sejam sensibilizados sobre sua participação e contribuição na melhoria do atendimento à comunidade.

Sublinha-se também, a importância do papel das parcerias internas e externas estabelecidas que auxiliaram e apoiaram todo o processo de planejamento nos níveis institucional e de ensino na formação em CoInfo dos bibliotecários.

Espera-se que a experiência relatada possa servir como norteadora para que bibliotecários alinhem, junto às instâncias gestoras e políticas de sua instituição, ações de formação e atualização de seus conhecimentos sobre a CoInfo.

Referências

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Notas

1 O ecossistema refere-se ao mundo da informação em que o indivíduo, além de buscar, recuperar, avaliar, usar e comunicar (consumir) as informações, também produz informação em espaços colaborativos e sociais.
2 Disponível em: https://www.sibi.ufscar.br/
4 O 2º Ciclo de Formação do Programa CoInfo SIBi-UFSCar teve início no mês de março de 2022. Disponível em: https://www.sibi.ufscar.br/news/2o-ciclo-do-programa-para-formacao-de-competencia-em-informacao-do-sibi-ufscar-uso-etico-da-informacao-e-boas-praticas-na-pesquisa-academica
5 É salutar destacar que, no projeto, foi feito um cronograma detalhado com a descrição de cada uma das ações em suas respectivas metas.

Recepción: 21 Junio 2022

Aprobación: 31 Agosto 2022

Publicación: 03 Octubre 2022

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